20 de fev. de 2009

Cerveja feita em casa


Tem gente fazendo cerveja em casa. E cada vez mais gente.

Para esses dedicados apreciadores, não basta entrar em uma loja e comprar uma garrafa. A graça está em fazer a própria cerveja, um procedimento que pode durar oito horas. Segundo os cervejeiros caseiros, optar pela produção artesanal rende pelo menos dois grandes benefícios: a curtição das horas de preparo e o sabor especial, único, de quem cria.

Quem faz cerveja utilizando panelas e equipamentos simples contribui para um mercado que cresce cada vez mais, o da cerveja artesanal, também conhecido como cerveja de panela.

— Comecei a beber as importadas, que são mais caras, só que o problema é que o bolso não estava acompanhando — brinca Paula Mühlbach, a Polla, uma das craques nessa arte. — Então, eu e um amigo, que havia chegado da Espanha, resolvemos tentar fazer.

As primeiras levas, lembra, eram terríveis.

— Depois da 10ª tentativa é que deu para começar a beber.

Polla integra uma turma de mulheres que produzem cervejas. Nos encontros da Cerva das Gurias, como o grupo foi batizado, a regra é cada uma levar a cerveja que produziu para degustar —claro que moderadamente.

—São cervejas mais fortes, com sabores marcantes. Por isso as degustações não são em grandes quantidades —conta Ellinor Melchers Nast, também da turma.

Quase todas se iniciaram da mesma maneira, consultando um amigo e correndo riscos, antes de acertar a mão. E quase todas também acabaram recorrendo e se associando à Acerva (Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Sul).

— O interesse das pessoas aumentou muito. Um dos motivos é que o ritual da cerveja se dá de forma mais espontânea, mais simples — justifica Jorge Gitzler, presidente da Acerva e tutor de muitos cervejeiros artesanais em início de carreira. — Nossa única regra é que cada um tem que trazer uma cerveja de sua produção para que todos avaliem.

A associação reúne os produtores que não buscam a comercialização, mas o aprimoramento da elaboração da bebida.

Fazer cerveja depende de um investimento inicial entre R$ 500 e R$ 1000 para os primeiros 100 litros. É o custo de equipamentos de uso exclusivo, já que a contaminação é o maior inimigo da bebida de qualidade. Isso inclui panela, fogareiro, moedor de grãos, balde para filtrar, peneira, resfriador, garrafas, tampas e/ou barril. Tudo pode ser comprado em ferragens ou supermercados. O mais complicado, o resfriador, é o equipamento estrela, motivo de discussões e comparações para saber como cada um montou o seu.

Já a matéria-prima, em Porto Alegre, pode ser adquirida em uma loja profissional, que, pelo aumento da procura, foi obrigada a dedicar um segmento aos cervejeiros artesanais.

Rogério Costi é proprietário de uma distribuidora de bebidas e de uma loja virtual de cerveja que é referência no país — vende 350 rótulos, entre nacionais e importados. Desde 2006, notou o aumento do mercado artesanal e procurou se adaptar abrindo uma loja. O próximo passo do setor, ele avisa, será a oferta de Cartas de Cervejas em bares e restaurantes, assim como é feito com o vinho.

Fazer cerveja em casa é um programa que reúne amigos, desenvolve alguns talentos e, quando dá certo, pode virar um negócio. Os irmãos Glauco e Guilherme Caon preparam a profissionalização. Há dois anos, a dupla — um é doutor em Biologia, o outro publicitário e professor universitário — produz cerveja na casa em que vivem com a mãe. Glauco e Guilherme faziam para eles, depois para os amigos e agora um bar especializado encomenda a Anner, a marca que registraram. A produção dos irmãos Caon agradou e há lista de espera para conseguir garrafas da criação mais famosa, a Maria Degolada (em homenagem ao bairro em que moram).

— Fazemos cerveja umas duas vezes por semana. Estamos pensando em nos lançar comercialmente.

Mestres cervejeiros experientes costumam dizer que a melhor cerveja do mundo é aquela feita na cervejaria mais perto da casa do consumidor. Para essa turma de cervejeiros artesanais não há concorrência.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=2&local=18&template=3948.dwt&section=Blogs&post=150993&blog=334&coldir=1&topo=3994.dwt
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Tatuagem pode monitorar nível de glicose no sangue

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Se conviver com a diabetes é uma droga, ao menos ter a doença será um pouco mais ‘maneiro’. O Laboratório Draper, da Universidade de Cambridge, desenvolveu uma tatuagem que muda de cor de acordo com o nível de açúcar no sangue da pessoa tatuada. Agora os diabéticos só precisam pensar em um desenho interessante para sua tatuagem.

A tinta especial usada nos desenhos foi, inicialmente, criada para ajudar atletas e pessoas que têm problemas cardíacos. No entanto, o processo era muito complicado. Os cientistas, então, aproveitaram a tinta para que ela pudesse detectar o nível de glicose no sangue.

As nano partículas da tinta são esferas minúsculas – de 120 nanômetros de diâmetro. Dentro das esferas há três partes: a molécula detectora de glicose, uma tintura que muda de cor e uma outra molécula que imita a glicose. Quando essas partículas são dissolvidas na água elas se comportam como anilina, de acordo com Heather Clarck, uma cientista de Draper

Essas três partículas se movem, continuamente, dentro da esfera em que estão contidas. Quando elas se aproximam da superfície, a molécula detectora se agarra a uma molécula de glicose, ou à molécula que imita a glicose.

Se a maioria das detectoras se agarra às glicoses “verdadeiras” a tatuagem fica amarela. Se o nível de glicose está baixo, a tinta fica roxa. Um nível saudável de glicose é representado por uma coloração laranja. O processo se repetindo em questão de milisegundos, garantindo uma leitura sempre correta.

Os diabéticos não precisariam deixar seus afazeres de lado para testar o nível de açúcar de seu sangue e se furarem a todo momento. E os testes não são feitos apenas duas vezes por dia, mas sim constantemente.

Além disso, as tatuagens não precisam ser grandes. E a tinta especial também não precisa ser aplicada tão “profundamente” como em tatuagens normais.

Os cientistas estimam que as tatuagens especiais estejam disponíveis daqui a dois anos, no máximo.

Fonte: http://hypescience.com/tatuagem-pode-monitorar-nivel-de-glicose-no-sangue/
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5 de fev. de 2009

Morre Lux Interior


O líder e vocalista da banda The Cramps, Lux Interior, faleceu nesta quarta-feira, dia 04.02, no hospital de Glendale, Califórnia, às 04:30, devido a uma complicação cardíaca pré-existente, aos 60 anos.

Lux Interior, cujo nome verdadeiro era Erick Lee Purkhiser, nasceu em 21 de Outubro de 1948, em Stow, Ohio. Ele conheceu Poison Ivy em 1972 e logo após, ambos deram início à banda.

The Cramps foi formada em 1976 e fizeram parte da lendária cena punk de New York, com um som singular e distinto, misturando rockabilly, surf music, punk, tudo isso misturado com o mundo da ficção de horror. A formação da banda sofreu várias alterações ao decorrer dos anos, mas sempre manteve Lux e sua esposa, Poison Ivy, influenciando milhares de artistas e milhões de fãs por todo o mundo.



A banda lançou 14 álbuns durante a carreira. O último, "How to Make a Monster", vendeu 11.000 cópias, de acordo com Nielsen SoundScan. O álbum mais vendido, "Bad Music for Bad People", de 1984, vendeu 95.000 cópias.

Fontes:
http://www.billboard.com/bbcom/news/cramps-frontman-lux-interior-dies-1003938315.story
http://www.brooklynvegan.com/archives/2009/02/lux_interior_th.html
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