14 de jul. de 2009

Atletas deveriam beber cerveja todo dia, diz estudo


Consumo moderado é defendido por medalha de prata no basquete das Olimpíadas de 1984

MADRI - Além de matar a sede e relaxar, a cerveja ajuda na recuperação após a prática esportiva. A afirmação é do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha, que apresentou um estudo defendendo o consumo moderado da cerveja para os atletas como fonte de hidratação diária.

O estudo "Idoneidade da cerveja na recuperação do metabolismo dos desportistas", apresentado nesta terça-feira, foi baseado em relatórios e pesquisas de especialistas em medicina, fisiologia e nutrição da Universidade de Granada com o aval do CSIC.

Segundo o documento, os componentes da cerveja ajudam na recuperação do metabolismo hormonal e imunológico depois da prática desportiva de alto rendimento e também favorece a prevenção de dores musculares.

A tese é defendida pelo cardiologista e ex-jogador de basquete da seleção espanhola, Juan Antonio Corbalán, medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles (1984).

O estudo foi realizado em dois anos e recomenda o consumo de três tulipas de 200 ml de cerveja (ou de 20g a 24g de álcool) para homens e duas para mulheres (10g a 12g) por dia; volume que os autores do relatório definem como moderada.

SUCO?

De acordo com os pesquisadores, a cerveja contém 95% de água e é a bebida alcoólica com menor gradação (5% em média). Uma tulipa de 200 ml possui 90 calorias, o mesmo que um copo de suco de laranja.

Para chegar a essa conclusão de consumo na dieta de desportistas, os cientistas fizeram pesquisas com 16 atletas universitários com idades entre 20 e 30 anos, em boa forma física e que alcançavam uma velocidade aeróbica máxima (VAM) de 14 km/h.

Além disso, todos deveriam ser consumidores habituais e moderados de cerveja, manter uma dieta mediterrânea, não ter hábitos tóxicos nem antecedentes familiares de alcoolismo.

Os testes foram feitos durante três semanas em baterias diárias de uma hora de corrida, sob calor de 35º, 60% de umidade relativa e duas horas de pausa para hidratação.

Nesse intervalo os atletas bebiam água ou cerveja (máximo de 660 ml), alternando as bebidas em cada pausa de hidratação para comparar resultados.

É BOM

A conclusão foi que a cerveja permitia recuperar as perdas hídricas e as alterações do metabolismo tão bem quanto a água.

Os cientistas usaram parâmetros indicativos como: composição corporal, inflamatórios, imunológicos, endócrino-metabólicos e psico-cognitivos (coordenação, atenção, campo visual, tempos de percepção-reação, entre outros) para comprovar que o álcool não afetava a atividade de hidratação.

O estudo destaca ainda que a cerveja contém substratos metabólicos que substituem algumas substâncias perdidas durante o exercício físico como aminoácidos, minerais, vitaminas e antioxidantes.

Mas apesar desta defesa do consumo da cerveja, os pesquisadores espanhóis afirmam que o consumo nunca deve passar da moderação, porque o excesso de álcool não se metaboliza e, por isso, afeta o sistema nervoso central.

No caso dos desportistas a recomendação do relatório é beber durante as refeições. Nunca momentos antes de praticar exercícios nem logo depois.

O intervalo indicado para a cervejinha da hidratação é de duas horas antes ou depois de suar.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,atletas-deveriam-beber-cerveja-todo-dia-diz-estudo,399113,0.htm
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7 de jul. de 2009

Cerveja não dá "barriga de cerveja"

Estudo europeu afirma que a barriguinha indesejável é totalmente resultado da genética e não do consumo da bebida

Bebedores contumazes de cerveja geralmente temem desenvolver a chamada "barriga de cerveja". Mas um estudo publicado na revista European Journal of Clinical Nutrition garante que ela é resultado da genética. E só.

A pesquisa acompanhou 20 000 bebedores de cerveja durante oito anos. Os resultados mostraram que os consumidores vorazes da bebida engordavam, mas não necessariamente acumulavam gordura na barriga. Os que bebiam duas garrafas e meia foram os que mais ganharam peso.

Mas quando os cientistas mediram a razão quadril-cintura para tentar estabelecer quais haviam desenvolvido a "barriga de cerveja", descobriram que os resultados estavam em todos os grupos de bebedores e não concentrados no grupo dos que bebiam mais. Segundo eles, fatores genéticos pesam mais do que o consumo de álcool.

Fernando Fischer / texto: Vanessa de Sá

Fonte: http://sportlife.terra.com.br/index.asp?codc=1104
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